sábado, 7 de maio de 2011

A atual sociedade trata a pessoa adequadamente?

O tratamento dispensado à pessoa, pela sociedade capitalista neoliberal, é o tratamento das conveniências, do seletivismo, bem como do egoísmo.

O advento do capitalismo mudou os paradigmas do homem, transformando-o num sujeito alienado de si mesmo, posto que, seu foco está voltado para os atrativos de uma vida de consumo que o conduz a uma busca descontrolada por uma satisfação ilusória que nunca é saciada.

Na ânsia de satisfazer seus próprios interesses e/ou desejos, o homem contemporâneo cada vez mais ignora seu semelhante e por conta disso cada vez menos convive em grupo. Tende a ficar sozinho (se é que já não está).

Este individualismo, cada vez mais egocêntrico, está intrinsecamente ligado à questão da competitividade, que coloca como alvo o sucesso como prioridade na vida do sujeito.

No entorno disso, cada vez menos o grupo, a coletividade, as relações, o espírito de equipe é valorizado.

Por Conseguinte, a burocracia se transforma e “burrocracia”, as relações pessoais cada vez mais ficam impessoais por força de um elemento chamado “sistema”. Tudo acontece dentro de uma programação sistematizada, ninguém tem que pensar na condição pessoal de ninguém. É preciso seguir o que o sistema determina. Na concepção sociológica de Weber, “É a ação racional orientada para fins”, ou seja, a ação é definida de acordo com objetivos esperados. O cálculo e o planejamento são essenciais como condutores da ação.

O homem perde sua identidade, não compreende que precisa desenvolver o conhecimento de si mesmo, que implica saber de suas potencialidades, suas virtudes, seus defeitos e sua história pessoal e, desse modo buscar viver a vida numa concepção humanista, valorizando o semelhante, o convívio em grupo, em fim, atribuindo a si e aos outros os valores inerente à pessoa humana.

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