sábado, 23 de abril de 2011

Minha agenda para Educação Brasileira

Ao invés de tentar reintroduzir a modernidade em nossa educação básica, devemos projetar a educação para além do molde pós-moderno. Segundo Itamir Neves "na pós-modernidade os paradigmas que orientam o mundo são os seguintes: 

a) A filosofia é humanista - após o iluminismo, o homem tornou-se o centro de tudo; 

b) A sociedade é pluralista - cada cabeça, uma sentença; o que se tem em comum é a liberdade; 

c) A política é democrática/anarquista - o estado não legisla sobre a verdade nem sobre sua bancada 

d) A ciência é materialista - a verdade é só aquilo que pode ser experimentado no laboratório e tem que ser observada pelos 5 sentidos (olfato, paladar, tato, audição e visão); 

e) O conceito é de pragmatismo - o pensamento popular afirma que se funciona e dá certo é correto e verdadeiro; 

f) A vida pessoal é hedonista - o homem entende que aquilo que lhe dá prazer e lhe satisfaz é verdadeiro e deve ser procurado; 

g) A religiosidade tornou-se mística - "Tive uma visão", "vi um anjo que me dizia" e "Deus me falou" são frases que tornam a religião subjetiva e interior.
(Disponível em http://www.lideranca.org/cgi-bin/index.cgi?action=printtopic&id=7073&curcatname=Liderança&img=lideranca)

Se é assim, educar para além da pós-modernidade seria:

a)Descentralizar o homem, tornando-o participante do processo universal e não protagonista de todas as cenas. O primeiro problema da educação pós-moderna é o antropocentrismo, o homem senhor de tudo, que não admite paridade e sociedade. 

b)Singularizar a existência, não suas contingências. No pós-modernismo os conceitos valem mais que o sujeito pensante, isto é, a ideia é maior que a mente que pensou a ideia, e se necessário for sacrificar o ser para preservar sua doutrina, teoria ou tese científica, que seja! Que morra!

c)Aristocratizar a política nacional. Somente seria Governo quem se vocacionasse em ciências políticas, quem estudasse para ser político. Abaixo a democracia burra deste século, que elege palhaços, cantores e pastores para subirem a rampa e derrubarem a república.

d) Espiritualizar a experiência intelectual. Não significa impor Religião, mas abrir espaço para a Oração no ambiente de ensino, de trabalho e de lazer. Na pós-modernidade quem ora é considerado "um idiota". Nada mais anti-científico! Orar é psicologicamente sadio, fisiologicamente recomendável e existencialmente necessário.

e) Teorizar o universo, propondo situações problemas que levem os educandos e educadores a remodelarem a existência no mundo com bases bem mais sólidas que estas do convencionalismo, do utilitarismo e da venialidade dos valores éticos.

f) Eudemonizar a participação, isto é, tornar a prática da existência uma existência para a alegria, ou busca da feliz idade. Eudemonismo é o contrário de hedonismo, por que enquanto no hedonismo o fim é o prazer, no eudemosnismo o fim é a alegria ou felicidade, não só de si, mas de todos os envolvidos no processo existencial.

g) Concretizar a teologia como ciência humanitária, que tem em Deus o Sujeito por excelência que matem relações metafísicas com o homem no mundo sem estrangular a pessoalidade de cada individuo.

Esta é minha agenda para a educação no além da pós-modernidade. 

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