Colegas de classe, passemos em revista a íntegra desta matéria “Paidéia”.
Primeiro: Discutimos sobre a passagem do Mito ao Logos;
Segundo: Discutimos sobre o Homem Ideal;
Terceiro: Estamos discutindo Sofística ou Filosofia;
Quarto: Iremos discutir sobre a Socrática.
Ao longo de nossos debates me posicionei firmemente pelo Idealismo de Sócrates e Platão. Estes dois homens se tornaram divisores de águas no que diz respeito à Filosofia.
Antes deles imperava a busca pela sabedoria. Após, reina o amor à sabedoria.
Antes deles existia a Poesia e a Retórica. Após, nasce a Filosofia.
Sem eles, a agenda da humanidade seguiria a triste rotina do relativismo, do subjetivismo, do ceticismo, da indiferença moral e religiosa, do convencionalismo jurídico, do oportunismo político, do utilitarismo, da frivolidade intelectual, da venalidade e do antropocentrismo.
Com eles, o Absoluto foi pensado.
A Verdade se tornou objetiva e livre do sujeito cognoscente.
O limite das aparências foi transposto.
O Bem, a Justiça e a Beleza continuaram sendo virtudes contrastando com o mal, o engano e a decadência.
A lei foi elaborada para perdurar.
A política foi idealizada.
A finalidade triunfou sobre a utilidade.
O conhecimento gozou de credibilidade.
A sabedoria ficou impagável e a Palavra venceu o discurso.
A vitória deles se deu por completo, pois alcançou justamente a diminuta parcela de Filósofos que o Mito da Caverna predisse.
Quanto aos demais homens, continuam na caverna, repetindo frases prontas, encalacrados em seus temores, duvidando de tudo e todos, confusos quanto ao certo e ao errado, ridicularizando o Ideal, o Perfeito, o Absoluto, o Completo e o Imutável.
Não servem como ideal de vida, para ninguém, em tempo ou lugar algum, pois cedem pelo menor preço e aceitam a primeira oferta.
O mundo deles é medíocre, cheio de tristezas e decepções.
Não conseguem manter relacionamentos duradouros e de entranhas com ninguém.
Tudo é leve, tudo é solto, tudo é permitido.
Nada pesa, nada prende, nada é proibido.
Quem dialoga com eles sente-se vazio, oco, nulo, apagado, pois a conversa é sempre superficial, ligeira, programada, repetitiva e desinteressante.
Estão sempre negociando tudo, desvalorizando tudo, desprestigiando a todos, desagregando a todos, confundindo tudo e todos.
Julgam serem o centro, sempre...
Por Rogério de Sousa
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