quarta-feira, 20 de abril de 2011

O paradigma do modelo mítico de pensamento

Entendemos aqui o paradigma como "modelo mítico de pensamento" que seria a interpretação não filosófica dos fenômenos em geral.

Se a sociedade oriental enxergava o sagrado no profano, ou não fazia esta dicotomia ocidental, coube aos gregos clássicos o mérito de levantar a discussão aos ares literários, mesmo por que a concepção do mundo em seus moldes imaginais não suportaria por mais tempo a instigação natural a que se inclina a alma humana. 



Ainda que esta inclinação seja universal e possa ser verificada ali e acolá, n'um e n'outro povo, entre os gregos ela foi vivenciada na radicalidade. Por quê? Motivações políticas, dirão uns; motivações econômicas, dirão outros; motivações existenciais defenderão alguns. 


A meu entender, o gregos saem na frente por causa da desacralização da escrita. Enquanto entre os orientais a escrita era monopólio dos sacerdotes, entre os helenos ela desvelava o criptico, ou seja, trazia para fora o que estava oculto. Com as letras os homens raciocinam melhor do que com as palavras.


Rogério de Sousa

Nenhum comentário:

Postar um comentário